O governo da Alemanha, por meio do banco KfW, anunciou um financiamento de 17 milhões de euros para a construção e reabilitação de mini-hídricas em Lichinga e Cuamba, localizadas na província do Niassa, no norte de Moçambique.
Durante a cerimônia de assinatura do acordo com o governo moçambicano, o Embaixador da Alemanha em Moçambique, Ronald Münch, destacou que o Projeto Multi-Tecnológico de Energias Renováveis em Cuamba e Lichinga modernizará as usinas hidroelétricas já existentes, além de aumentar a capacidade de geração de energia solar fotovoltaica.
"Isso vai melhorar o fornecimento de energia para a população da província do Niassa, especialmente nas cidades de Cuamba e Lichinga. É uma grande honra para mim presenciar a assinatura deste acordo de financiamento, que apoiará a reabilitação e expansão da capacidade das usinas hidroelétricas de Cuamba e Lichinga, as duas únicas usinas da EDM no norte do país", afirmou Münch, conforme publicação no portal do Ministério das Finanças. Ele ressaltou ainda que o projeto, que será implementado pela Electricidade de Moçambique (EDM), utilizará energias renováveis locais, amigas do meio ambiente.
Durante o evento, o Secretário Permanente do Ministério das Finanças, Domingos Lambo, representando a ministra das Finanças, afirmou que a captação deste financiamento será crucial para a reabilitação e ampliação das mini-hídricas na província do Niassa, o que contribuirá para a melhoria dos serviços econômicos dos operadores locais, além de oferecer alternativas de energia para a população da região. Ele também mencionou que o projeto está alinhado com os pilares de transformação estrutural da economia, social e demográfica, além da boa governança.
O presidente do Conselho de Administração da EDM, Joaquim Ou-chim, que também estava presente, destacou a importância do apoio alemão para a eletrificação do país. Ele ressaltou que os contínuos esforços do governo moçambicano, em especial dos Ministérios das Finanças e de Recursos Minerais e Energia, têm sido essenciais para garantir a mobilização de fundos.
"Com esse financiamento, a reabilitação e modernização das infraestruturas aumentarão a produção de energia das atuais 3.000 para 3.900 MegaWatts/hora (MWh) por ano. Além disso, as intervenções nas mini-hídricas contribuirão para a estabilidade do sistema elétrico, principalmente no Niassa, região que atualmente depende de uma única linha de transmissão de energia vinda da Subestação de Matambo, em Tete", concluiu Ou-chim.
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