Elon Musk corta apoio à circuncisão masculina em Moçambique após decisão do Departamento de Eficiência do Governo (DOGE)
Moçambique perdeu o financiamento norte-americano para a massificação da circuncisão masculina voluntária, após um corte aprovado pelo Departamento de Eficiência do Governo (DOGE), uma nova entidade liderada por Elon Musk. O programa de circuncisão, avaliado em 10 milhões de dólares, é um dos 15 que perderam apoio financeiro sob a nova administração.
Elon Musk, que mudou temporariamente seu nome no X para "Harry Bōlz", ironizou a situação ao afirmar, em tradução livre: "Circuncisão em desconto, agora menos 50%. A USAID estava oferecendo circuncisão gratuita ao redor do mundo, onerando os contribuintes. Decidi competir nesse negócio". Esta não é a primeira vez que Musk se pronuncia contra programas de apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Na semana anterior, ele criticou o apoio de 50 milhões de dólares em preservativos destinado a Moçambique.
O corte ao programa de circuncisão faz parte das ações da nova administração de Trump, que busca justificar todos os dólares enviados para o exterior e compreender como isso beneficia diretamente os americanos. Inicialmente, o departamento liderado por Musk suspendeu por 90 dias todos os apoios da USAID no mundo. Em alguns países, como Moçambique, a suspensão foi revertida após decisões judiciais nos Estados Unidos.
A Casa Branca divulgou recentemente uma lista de programas da USAID que considera um "desperdício e abuso". Entre eles, estão iniciativas como 20 milhões de dólares para um programa do "Vila Sésamo" no Iraque e milhões para a promoção de direitos LGBTQ+ em países como Jamaica e Uganda. A secretária de imprensa, Karoline Leavitt, também criticou gastos para promover Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) em países como Sérvia e Irlanda, e um projeto de quadrinhos transgêneros no Peru.
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