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Guebuza: "Ainda não é a vez de Venâncio Mondlane é preciso respeitar o processo"


O ex-Presidente da República, Armando Guebuza, defende que é fundamental respeitar o gradualismo na inclusão de diferentes grupos sociais no diálogo político conduzido pelo atual Presidente, Daniel Chapo. Guebuza respondeu a uma pergunta feita por estudantes sobre a ausência de Venâncio Mondlane, ex-candidato presidencial, nos esforços para a pacificação do país.

Segundo Guebuza, o mais importante é garantir que todos os atores relevantes estejam eventualmente envolvidos nas discussões, mesmo que as suas visões de futuro sejam diferentes.

"O que vejo é que começamos a incluir os líderes dos partidos representados na Assembleia da República. Agora, está-se a propor a participação dos partidos representados nas Assembleias Provinciais. Ainda não chegamos à fase de dizer que todos estão a participar no debate. Acredito que, ao longo deste processo, encontraremos melhores formas de integrar todos, independentemente dos seus pontos de vista. Também devemos nos mobilizar para garantir que essa integração aconteça", afirmou Guebuza, em declarações à Rádio Moçambique.

Guebuza fez essas declarações na última sexta-feira, em Maputo, durante uma palestra proferida no Simpósio em comemoração ao Dia Mundial da Língua Materna.

O debate político teve início no final de 2024, sob a liderança de Filipe Nyusi, então Presidente da República e do partido Frelimo. Na primeira tentativa, Venâncio Bila foi convidado, junto com os líderes da Renamo e do MDM, mas o debate não aconteceu devido à ausência de Venâncio Mondlane.

Sob a nova liderança de Chapo, o formato atual prioriza os partidos políticos, com a inclusão gradual de outros segmentos da sociedade. A ausência de Mondlane no debate tem sido justificada pelo fato de ele não estar afiliado a nenhuma instituição, o que, segundo Chapo, limita sua participação no processo.

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