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Gastos militares globais atingem maior nível em 40 anos, impulsionados por conflitos e tensões geopolíticas


O mundo está a investir em armamento no ritmo mais acelerado desde a Guerra Fria. Segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), os gastos militares globais atingiram US$ 2,718 trilhões em 2024, um crescimento de 9,4% em relação ao ano anterior — o maior aumento anual desde 1988.

Este crescimento é impulsionado por grandes guerras em curso, como na Ucrânia e Gaza, além de tensões crescentes entre grandes potências como os EUA e a China.

Destaques do relatório:

  • EUA lideram o ranking com quase US$ 1 trilhão, destacando investimentos em F-35, navios, defesa antimísseis e arsenal nuclear.
  • China é o segundo maior gastador com US$ 314 bilhões, investindo em drones, veículos subaquáticos e expansão nuclear.
  • Israel teve um salto de 65% nos gastos, e Rússia de pelo menos 38%, reflexos dos conflitos ativos.
Na Europa, países como Romênia (43%), Holanda (35%), Suécia (34%) e Polónia (31%) aumentaram drasticamente seus orçamentos, impulsionados pelo receio de uma ameaça russa e incertezas sobre o compromisso dos EUA com a OTAN.

Ásia-Pacífico:

  • China teve o 30º aumento consecutivo anual.
  • Japão registou o maior orçamento militar desde a Segunda Guerra Mundial (+21%).
  • Índia mantém o 5.º maior orçamento do mundo (US$ 86,1 bilhões).
  • Filipinas, Taiwan, Coreia do Sul e Mianmar também aumentaram seus gastos significativamente, com destaque para Mianmar (+66%).

América e África:

  • Na África, os gastos aumentaram 3%, com a Argélia liderando o continente.
  • Nas Américas, o México aumentou os gastos em 39%, devido ao combate ao crime organizado.

Conclusão do SIPRI:

O relatório alerta que a tendência aponta para novos aumentos nos próximos anos, com meios militares mais sofisticados sendo desenvolvidos, o que pode intensificar rivalidades geopolíticas e alimentar novas corridas armamentistas.

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