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PGR: Assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe permanece sem desfecho e cercado de especulações


O Procurador-Geral da República (PGR), Américo Letela, afirmou esta terça-feira, no Parlamento, que o caso do assassinato do advogado Elvino Dias e do activista político Paulo Guambe permanece em investigação e ainda está envolto em “muitas especulações” quanto às motivações do crime.

Passados mais de seis meses desde o duplo homicídio, ocorrido no centro da cidade de Maputo na noite de 18 de Outubro de 2024, Letela reconheceu que o processo ainda não foi encerrado, mas garantiu que “corre os seus trâmites legais” e que todas as linhas de investigação estão a ser exploradas.

“No caso em apreço, há muitas especulações sobre as motivações deste crime. Cabe à investigação explorar todas as hipóteses e determinar os factos que conduzam à verdade material”, declarou Letela, salientando que a partilha de informações está restrita por força da lei, devido à fase atual do processo.

Na altura do assassinato, Elvino Dias assessorava o então candidato presidencial Venâncio Mondlane, enquanto Paulo Guambe era dirigente do Partido Optimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS). Ambos foram mortos dias após as eleições presidenciais e legislativas de 9 de Outubro de 2024, cujos resultados continuam a ser contestados por sectores da oposição.

Mondlane concorreu como candidato independente à presidência com apoio do PODEMOS, partido que obteve cerca de 40 assentos parlamentares. A sua campanha alegou vitória eleitoral, apesar de não ter alcançado o cargo de Chefe de Estado.

O duplo homicídio gerou forte comoção pública e suspeitas de motivação política, numa conjuntura tensa marcada por protestos e denúncias de irregularidades eleitorais. As autoridades mantêm silêncio sobre detalhes das investigações.

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