Profissionais de saúde moçambicanos ameaçam suspender totalmente os atendimentos a partir de quarta-feira
Os profissionais de saúde em greve desde 17 de abril anunciaram uma nova fase do protesto, ameaçando parar totalmente os atendimentos entre 30 de abril e 5 de maio, caso o Governo não responda às suas reivindicações. A decisão foi comunicada nesta segunda-feira (28) por Anselmo Muchave, presidente da Associação dos Profissionais da Saúde, Unidos e Solidários de Moçambique.
Reivindicações principais:
- Pagamento de horas extras em atraso
- Melhoria das condições de trabalho e salariais
- Abastecimento de medicamentos e alimentos para pacientes
- Revisão do enquadramento profissional dos trabalhadores da saúde
Declarações:
“A partir do dia 30 é o dia em que os profissionais de saúde não irão pisar as unidades sanitárias e só voltam no dia 5 de Maio”, disse Muchave, que acusa o Governo de falta de compromisso com a qualidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Reação do Governo:
O ministro da Saúde, Ussene Isse, apelou ao diálogo e pediu que os profissionais mantenham os atendimentos, alertando para o risco de colapso nos serviços:
“Uma greve na saúde é um desastre”, afirmou, reconhecendo que há pontos de discórdia, mas insistindo na importância da continuidade do atendimento aos pacientes.
Essa nova escalada agrava a tensão entre os profissionais e o Governo, podendo comprometer seriamente o acesso da população aos serviços essenciais de saúde em todo o país.
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