Desaparecido há cinco anos, cão reencontra tutora após ser encontrado numa universidade a 482 km de casa

Depois de desaparecer durante o furacão Laura, em 2020, Kingston, um Yorkshire Terrier, percorreu centenas de quilómetros e passou anos desaparecido. No mês passado, finalmente, voltou para casa.

A história de Kingston começa na cidade de Lake Charles, no estado norte-americano da Luisiana, quando o furacão Laura devastou a região em agosto de 2020. Debbie LaFleur, tutora do pequeno cão, regressou a casa para encontrar uma janela entreaberta e Kingston desaparecido. “Era o nosso bebé. Procurámos por todo o bairro, e até nas redes sociais, mas achámos que nunca mais o voltaríamos a ver”, contou ao USA Today.

Cinco anos depois, Debbie recebeu um e-mail inesperado do serviço de localização do microchip: Kingston estava vivo e a 482 quilómetros de distância, na Universidade do Sul do Mississippi.

Uma semana de vida universitária

O patudo foi encontrado a 30 de março deste ano, à porta da fraternidade Kappa Sigma, por Neal Rachal, presidente da casa universitária. Os estudantes acolheram-no de imediato, chamaram-lhe Benji e levaram-no até ao veterinário onde o microchip revelou a verdadeira identidade: Kingston, desaparecido há meia década.

“Quando o John [Christopher, vice-presidente] voltou do veterinário, disse: ‘Ele chama-se Kingston. É de Louisiana e está desaparecido há cinco anos’”, contou Neal, ainda incrédulo.

Durante a semana em que aguardavam o reencontro com a tutora, os estudantes incluíram Kingston em todas as atividades: jogos de softball, idas ao supermercado e muito convívio. “Onde quer que fôssemos, ele vinha connosco”, diz Neal.

Reencontro emocionante

No dia 4 de abril, Debbie e o filho conduziram quatro horas até à fraternidade. “Quando chegámos, todos os rapazes estavam na rua. Eu chamei por ele: ‘Kingston, vem à mãe’, e ele veio a correr. O meu coração rebentou. Foi fantástico”, recorda a tutora.

Agora com 11 anos, Kingston está de volta a casa e conheceu Cooper, um novo irmão Shih Tzu de três anos. Apesar da felicidade do reencontro, Debbie sente a ausência do marido, Joseph, falecido em 2022. “Kingston dormia com o meu marido todas as noites. Eram melhores amigos”, lamenta.

O percurso exato que Kingston percorreu durante os cinco anos permanece um mistério, mas a sua história reforça o valor do microchip, que permitiu que voltasse ao lar após tanto tempo e tantos quilómetros.