Um novo levantamento do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) revelou um dado preocupante: 95% das pessoas analfabetas no Brasil apresentam baixo desempenho em tarefas digitais realizadas pelo celular. O estudo, inédito em abordar o recorte digital, avaliou como esses indivíduos interagem com tecnologias em situações do dia a dia.
Segundo a definição do Inaf, são considerados analfabetos aqueles que não conseguem ler e compreender palavras e frases simples, embora alguns consigam identificar números familiares, como o da própria casa ou de preços. No ambiente digital, no entanto, as limitações vão além da leitura: os participantes tiveram dificuldade em realizar comandos básicos como tocar a tela (touch), rolar páginas (scroll) e ampliar textos ou imagens.
Durante os testes realizados em 2024, os voluntários foram expostos a simulações práticas, como fazer uma compra online, escolher um filme em uma plataforma de streaming, usar aplicativos de mensagens e preencher formulários virtuais. Apenas 4% conseguiram desempenho considerado médio e 1% atingiu o nível alto de proficiência digital.
Essa é a primeira vez, desde sua criação em 2001, que o Inaf avalia o impacto da alfabetização funcional no uso de tecnologias móveis, ressaltando a urgência de políticas públicas que aliem inclusão digital e educação básica.
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