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Governo Trump congela mais US$ 450 milhões em repasses para Harvard


A administração Trump anunciou nesta terça-feira (13) o congelamento de mais US$ 450 milhões em subsídios federais destinados à Universidade de Harvard, intensificando a ofensiva contra a instituição em meio a uma disputa sobre governança e liberdade acadêmica.

A nova suspensão eleva para US$ 2,65 bilhões o total de recursos bloqueados pela Casa Branca. A decisão foi comunicada pela Força-Tarefa Conjunta de Combate ao Antissemitismo, que classificou Harvard como "um terreno fértil para a discriminação", e acusou a universidade de priorizar o “apaziguamento” em vez da responsabilidade institucional.

O corte, segundo o comunicado, foi coordenado por oito agências federais, entre elas o Departamento de Educação e o Departamento de Saúde e Serviços Humanos. A força-tarefa não detalhou quais agências específicas estão envolvidas.

O congelamento ocorre em meio a tensões entre a universidade e o governo federal, que exige reformas na liderança de Harvard, além de uma auditoria sobre a diversidade de pensamento no campus. A universidade recusou as condições e entrou com uma ação judicial, acusando o governo de tentar controlar decisões acadêmicas por meio de chantagem financeira.

“O governo federal está tentando se impor sobre a autonomia universitária”, afirmou o reitor de Harvard, Alan Garber. “Harvard não cederá sua independência nem abrirá mão de seus direitos constitucionais.”

O impasse segue sem solução e o caso deve ser analisado em audiência judicial prevista para o final de julho. Até lá, os repasses permanecem suspensos.

Além dos cortes, Harvard enfrenta diversas investigações federais, incluindo uma sobre alegadas violações de direitos civis ligadas a protestos pró-Palestina no campus e à política de diversidade da Harvard Law Review.

A Comissão de Oportunidade de Emprego Igualitário (EEOC) também iniciou uma investigação sobre práticas de contratação e bolsas voltadas a minorias sub-representadas, o que pode configurar, segundo os investigadores, discriminação contra candidatos brancos, asiáticos, homens e heterossexuais.

Em resposta, Garber reafirmou que a universidade “busca excelência acadêmica, sem cotas ou testes ideológicos”.

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