O iFood passou a cobrar uma taxa de serviço de R$ 0,99 em todos os pedidos, independentemente do valor total da compra. A mudança começou a valer no dia 25 de maio de 2025, e afeta tanto os consumidores que fazem pedidos pequenos quanto aqueles que gastam valores mais altos, como acima de R$ 200.
Antes, a taxa era aplicada apenas a pedidos com valores baixos entre R$ 25 e R$ 40, variando por cidade. Agora, todos os usuários pagarão essa tarifa adicional, mesmo que o pedido seja para um único item ou uma refeição de luxo.
Sem aviso claro no app
Apesar da mudança, o iFood não notificou os usuários diretamente pelo aplicativo. Em sua central de ajuda, a empresa afirma que a taxa será usada para "melhorias constantes na tecnologia e na experiência de compra". No entanto, o app ainda exibe a informação antiga, dizendo que a cobrança depende do valor do pedido o que já não corresponde à nova política.
Nova taxa pode render R$ 119 milhões por mês
Com 120 milhões de pedidos mensais, segundo dados recentes celebrados pela própria empresa com uma campanha publicitária na Times Square (Nova York), o iFood pode arrecadar até R$ 119 milhões por mês apenas com a nova taxa de serviço de R$ 0,99.
Esse reforço financeiro chega em um momento em que o setor de delivery no Brasil começa a ser disputado por novos players internacionais. A chinesa Meituan está prestes a lançar seu app Keeta no país, com um investimento inicial de US$ 1 bilhão. Além disso:
- A Didi (dona do app 99) promete relançar o 99Food, com aporte de R$ 1 bilhão;
- O Rappi também anunciou investimento de R$ 1,4 bilhão até 2028, com foco em isenção de taxas para restaurantes parceiros.
Alívio financeiro ou risco estratégico?
A cobrança da taxa representa um alívio imediato no caixa do iFood, mas também pode gerar desgaste com usuários, especialmente em um cenário com mais concorrência e novas plataformas oferecendo condições mais atrativas como delivery sem taxa.
Para manter a liderança (hoje estimada em mais de 70% do mercado brasileiro), o iFood também anunciou recentemente uma parceria com a Uber, prevendo integração entre os serviços de transporte e alimentação, e possível unificação dos programas de fidelidade Clube iFood e Uber One.
A pergunta que fica para os próximos meses é: os usuários continuarão fiéis ao iFood mesmo com a nova taxa? Ou a concorrência em alta vai forçar uma revisão da política de cobranças?
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