Lyle e Erik Menendez, condenados à prisão perpétua pelo assassinato dos pais em 1989, enfrentam nesta terça-feira (13) uma audiência crucial em Los Angeles que pode abrir caminho para a revisão de suas sentenças.
A defesa pede que os irmãos, hoje com 57 e 54 anos, se tornem elegíveis para liberdade condicional ou sejam libertados de imediato. O pedido se apoia em novas evidências de que os dois teriam sido vítimas de abuso sexual por parte do pai, José Menendez, um executivo da indústria musical.
O ex-promotor do condado, George Gascón, já havia solicitado nova sentença no ano passado, alegando que os irmãos eram jovens adultos no momento do crime e citando histórico de bom comportamento na prisão. No entanto, seu sucessor, Nathan Hochman, se opõe firmemente à revisão, argumentando que os irmãos nunca assumiram plenamente a responsabilidade pelos assassinatos.
O caso Menendez teve grande repercussão nos anos 1990, com dois julgamentos amplamente televisionados. No segundo, os irmãos foram condenados por assassinato em primeiro grau por matar José e Kitty Menendez com tiros de espingarda, enquanto o casal assistia à televisão em casa.
Durante o julgamento, os irmãos alegaram que os crimes foram cometidos por medo e desespero, após anos de abusos por parte dos pais. Já os promotores afirmam que o motivo foi financeiro: herdar a fortuna da família.
Entre as novas provas apresentadas pela defesa está uma carta escrita por Erik a um primo meses antes do crime, mencionando abuso sexual. Também foram incluídas alegações de abuso contra José Menendez feitas por um ex-integrante da banda Menudo, destacadas em documentários recentes.
A audiência deve durar dois dias. Caso a nova sentença seja aprovada, caberá ao conselho de liberdade condicional e, eventualmente, ao governador Gavin Newsom decidir se os irmãos Menendez podem ser libertados. O conselho avalia se eles ainda representam risco à sociedade.
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