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Moçambique acolhe 2.º Congresso Internacional sobre os 500 anos de Luís de Camões


Moçambique será, de 6 a 10 de junho, o anfitrião do 2.º Congresso do Meio Milénio do nascimento de Luís de Camões, uma iniciativa que destaca a relação do poeta com o Oceano Índico e com o território moçambicano. O evento, que reunirá académicos, escritores, artistas e entusiastas da obra camoniana, terá lugar em Maputo e na Ilha de Moçambique, numa combinação de sessões presenciais e virtuais.

O anúncio foi feito esta quarta-feira, em conferência de imprensa conjunta das universidades Eduardo Mondlane (UEM) e Politécnica, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, e da Rede Camões em África e Ásia — promotora do congresso. A sessão de encerramento, no Dia de Camões (10 de junho), será realizada na Fortaleza de São Sebastião, na histórica Ilha de Moçambique, província de Nampula.

O congresso contará com palestras, exposições artísticas, visitas guiadas a locais históricos e apresentações musicais inspiradas na poesia de Camões. A proposta é refletir sobre o legado do autor d'Os Lusíadas e identificar, em sua obra, referências diretas aos espaços por onde passou — entre eles, a própria Ilha de Moçambique, onde viveu entre 1567 e 1569 e onde teria finalizado sua célebre epopeia.

“Este evento é de grande importância para quem trabalha com literatura e linguística, tanto no ensino médio como superior, especialmente nos países de língua portuguesa”, destacou Serafim Adriano, professor da UEM.

Segundo os organizadores, a escolha de Moçambique para sediar o segundo congresso — o primeiro foi realizado em Macau, em 2023 — reforça a relevância histórica do país na expansão marítima portuguesa e na convivência cultural resultante dos descobrimentos. A próxima edição está prevista para Goa, em 2026, dando continuidade ao percurso pelos territórios onde Camões deixou marcas.

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