O papa Leão XIV sinalizou nesta segunda-feira (12) que a sua primeira viagem internacional poderá ser à Turquia, em continuidade a um plano deixado por seu antecessor, o papa Francisco. A visita está prevista ainda para este mês e teria como objetivo a participação nas celebrações dos 1700 anos do Concílio de Niceia, realizado em 325 d.C., na cidade que hoje se chama Iznik.
Durante um encontro com jornalistas no Vaticano, Leão XIV afirmou estar aberto à possibilidade da visita, que também incluiria um encontro com o Patriarca Bartolomeu, líder espiritual da Igreja Ortodoxa Oriental. A reunião entre os dois chefes religiosos seria um gesto simbólico de aproximação entre as igrejas Católica e Ortodoxa, reforçando o compromisso com a unidade cristã.
Questionado por um jornalista americano sobre uma eventual visita aos Estados Unidos — país onde nasceu, na cidade de Chicago — o pontífice respondeu: “Acho que não”, afastando, por ora, a hipótese de uma viagem à sua terra natal.
Defesa da liberdade de imprensa
Na audiência com os profissionais da comunicação, Leão XIV foi recebido com aplausos e iniciou seu discurso em tom descontraído, sugerindo que as palmas fossem deixadas para o final. Em seguida, fez um apelo em defesa da liberdade de imprensa, destacando a situação de jornalistas presos em diferentes partes do mundo.
“O sofrimento destes jornalistas presos diz respeito à consciência das nações e à comunidade internacional. É um chamado a todos para preservar o bem precioso da liberdade de imprensa. Obrigado, queridos amigos, pelo vosso serviço à verdade”, declarou o pontífice.
A possível visita à Turquia reforça o início de um pontificado voltado para o diálogo inter-religioso e os direitos humanos — dois temas centrais do discurso do novo líder da Igreja Católica.
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