O membro do Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Alberto Ferreira, afirmou nesta segunda-feira (2) estar disposto a suspender a providência cautelar interposta contra o seu próprio partido, desde que haja orientação nesse sentido por parte da direção nacional.
“A providência cautelar está lá. Se o partido decidir pela anulação, anulamos. Estamos a trabalhar juntos e não nos opomos uns contra os outros”, disse Ferreira em declarações à STV, durante uma visita à província de Nampula.
A providência cautelar foi submetida ao Tribunal Judicial do Distrito Municipal Kamavota, em Maputo, com o objetivo de impedir a realização da segunda volta das eleições internas para o cargo de secretário-geral do partido. Ferreira havia vencido a primeira volta com maioria simples, obtendo cerca de 28% dos votos, mas a direção do PODEMOS decidiu convocar nova votação, por nenhum candidato ter alcançado a maioria absoluta (mais de 50%).
Em reação à decisão judicial, o presidente do PODEMOS, Albino Forquilha, garantiu que a direção do partido manterá sua posição, independentemente da providência. “Vai prevalecer a decisão do partido”, disse Forquilha, durante uma coletiva de imprensa realizada ontem, em Maputo.
Alberto Ferreira respondeu, reiterando seu compromisso com a liderança partidária e a unidade interna. “É o meu presidente e eu acato as suas decisões. Estamos juntos e vamos trabalhar juntos. Não há divergências polémicas. A providência cautelar é apenas uma forma de verificar quem tem razão do ponto de vista jurídico”, afirmou.
Apesar de não confirmar se participará da segunda volta das eleições internas, Ferreira enfatizou que não tem insistência pessoal em ocupar o cargo de secretário-geral. “Todas as pessoas estão cientes de que queremos trabalhar e nos tornar mais fortes”, concluiu.
A crise interna no PODEMOS Moçambique destaca a importância do respeito às normas eleitorais partidárias e do diálogo entre as diferentes alas da formação política.
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