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Médicos moçambicanos lançam ultimato ao Governo

Médicos moçambicanos lançam ultimato ao Governo

A Associação Médica de Moçambique (AMM) emitiu um ultimato ao Governo, exigindo o pagamento imediato das horas extraordinárias em atraso até ao final de Junho de 2025, sob pena de avançar com uma greve geral nacional no setor da saúde.

O alerta foi feito esta semana pelo presidente da AMM, Napoleão Viola, que sublinhou que a classe médica está em “estado de vigilância ativa”, aguardando pelo cumprimento das promessas feitas pelo Executivo.

“Estabelecemos que, se o Governo não cumprir com o que prometeu o pagamento de parte das horas extraordinárias ainda neste mês a Associação irá convocar os médicos em todo o país para refletir sobre uma paralisação nacional. E posso garantir que, desta vez, será uma paralisação mais acentuada”, declarou Viola à imprensa.

Greve médica em Moçambique pode ser reativada

Apesar do tom de alerta, Viola reconheceu avanços nas negociações com o Executivo. Segundo ele, vários médicos que antes não recebiam subsídios ou salários já viram os seus casos resolvidos, o que levou à suspensão da greve dos médicos residentes do Hospital Central de Maputo (HCM), que teve início em 1 de Junho.

“Os médicos residentes retomaram o trabalho extraordinário, numa decisão que visa beneficiar os doentes, a classe médica e a formação académica”, explicou um representante dos médicos residentes do HCM.

Contexto: tensão entre médicos e Governo por subsídios

O impasse entre os profissionais de saúde e o Governo moçambicano já dura vários meses, tendo como base principal o não pagamento de horas extraordinárias, além de falhas na implementação de subsídios e salários devidos. A situação coloca pressão sobre o sistema nacional de saúde e levanta preocupações sobre o impacto de uma eventual paralisação em serviços hospitalares essenciais.

A AMM reafirma que a greve nacional só será retomada se o Executivo falhar no cumprimento dos compromissos assumidos, alertando que os profissionais estão preparados para intensificar as ações reivindicativas.

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