O Governo de Moçambique expulsou o cidadão português João Oliveira e Sousa, director-geral da Vivo Energy Moçambique, declarando-o persona non grata e proibindo o seu regresso ao país até o ano de 2035.
João Sousa embarcou no início da semana num voo da TAP, com destino a Portugal, após uma série de acusações graves envolvendo discriminação racial, sabotagem institucional, tentativas de suborno e uma polémica decisão com implicações geopolíticas.
Factores da expulsão:
- Discriminação e má conduta laboral: Denúncias de tratamento discriminatório a trabalhadores moçambicanos e tentativa de subornar inspectores do Ministério do Trabalho para evitar sanções.
- Irregularidades financeiras: A Vivo Energy Moçambique foi multada em 40 milhões de meticais por práticas irregulares sob a sua gestão.
- Conflito diplomático: Em Fevereiro de 2025, Sousa recusou-se a fornecer combustível a uma aeronave russa (matrícula RA-96019) operada pela estatal POCCNR Airlines, alegando sanções da União Europeia contra a Rússia. No entanto, Moçambique não aderiu formalmente a essas sanções, o que agravou a situação e foi visto como afronta à política externa do país.
Segundo o jornal Evidências, essa recusa foi o ponto crítico para a decisão de expulsão, por potencialmente ter colocado em causa os interesses geopolíticos e diplomáticos do Estado moçambicano.
Histórico controverso
Antes de chegar a Moçambique, João Sousa ocupava funções em Cabo Verde e já havia sido expulso do Zimbabué, também por motivos controversos, embora os detalhes não tenham sido tornados públicos.
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