
A dívida pública interna de Moçambique registou um aumento significativo de 38,8 mil milhões de meticais em relação a dezembro de 2024, totalizando agora 454,4 mil milhões de meticais, segundo anunciou esta segunda-feira (29) o governador do Banco de Moçambique (BM), Rogério Zandamela.
Banco Central corta taxa de política monetária
Durante a conferência de imprensa, Zandamela também revelou que o Comité de Política Monetária (CPMO) decidiu reduzir a taxa de política monetária (MIMO) de 10,25% para 9,25%.
Segundo ele, a medida está relacionada com a manutenção das projeções de inflação em um dígito, apoiada na estabilidade da taxa de câmbio e no cenário positivo dos preços internacionais de mercadorias.
Segundo ele, a medida está relacionada com a manutenção das projeções de inflação em um dígito, apoiada na estabilidade da taxa de câmbio e no cenário positivo dos preços internacionais de mercadorias.
Inflação e riscos no horizonte econômico
O governador explicou que as perspetivas de inflação continuam estáveis no médio prazo, mas alertou para riscos elevados que podem comprometer esse equilíbrio.
Entre os fatores de risco estão:
- agravamento da situação fiscal;
- choques climáticos;
- volatilidade económica global;
- incertezas ligadas às projeções de médio prazo.
Economia moçambicana contrai no 2º trimestre
Em relação ao desempenho económico, Zandamela destacou que, excluindo o gás natural liquefeito (GNL), a economia moçambicana contraiu 1,7% no segundo trimestre de 2025, após já ter registado uma contração de 4,8% no primeiro trimestre.
Com a inclusão do GNL, o PIB caiu 0,9%, em comparação com uma retração de 3,9% no trimestre anterior.
Crescimento moderado esperado
Apesar dos desafios, o Banco de Moçambique antecipa um crescimento económico moderado no médio prazo, sustentado por projetos estratégicos em andamento, mesmo diante das incertezas internas e externas.
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