De 24 a 30 de Novembro, a cidade de Maputo recebe a 11ª edição da Bienal Kinani, plataforma internacional de dança contemporânea que se consolidou como referência no continente africano. Mais do que um festival, o Kinani transforma-se em espaço de celebração artística, intercâmbio cultural e reflexão social, onde o corpo se converte em linguagem e a dança em diálogo entre culturas.
A edição de 2025 reúne artistas, coreógrafos e produtores de diferentes partes do mundo, oferecendo um programa diversificado que inclui espetáculos, performances urbanas, residências artísticas e conferências de reflexão sobre as artes. Segundo Quinto Tembe, diretor do Kinani, citado pelo jornal “O País”, o evento pretende ser uma plataforma de diálogo e aprendizagem, permitindo que os artistas moçambicanos reinventem suas linguagens e influenciem o cenário internacional.
O festival reforça ainda a profissionalização das artes e a formação de jovens criadores, com oficinas conduzidas por especialistas africanos e europeus. “O Kinani nasceu para criar pontes. Cada edição fortalece a ligação entre Maputo e o mundo”, destacou Tembe durante o lançamento do evento.
Durante sete dias, Maputo será transformada em um palco a céu aberto, com apresentações em locais icônicos como o Teatro Avenida, Casa Velha, Centro Cultural Franco-Moçambicano, e em espaços urbanos inesperados, incluindo os Correios de Moçambique e a Capela da Ronil, promovendo uma interação única entre dança e cotidiano urbano.
A Direção do Centro Cultural Franco-Moçambicano ressaltou o papel do Kinani no fortalecimento das relações culturais entre Moçambique e o mundo francófono. A bienal tem crescido em reconhecimento internacional, atraindo visitantes estrangeiros e promovendo o turismo cultural no país.
Para Matilde Muocha, Secretária de Estado das Artes, o evento demonstra que cultura é investimento: “Cada artista que chega a Maputo traz conhecimento, visibilidade e movimento económico, mas, acima de tudo, inspiração. Queremos multiplicar isso em todas as províncias”.
Além dos espetáculos, a programação inclui sessões de conversa com artistas, projeções de filmes de dança e momentos de improvisação em espaços públicos, aproximando o público da linguagem contemporânea e consolidando o Kinani como um motor de inovação cultural e artística em Moçambique.

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