
O coronel do exército Michael Randrianirina foi empossado, esta sexta-feira (17), como novo Presidente de Madagáscar, poucos dias depois de liderar o golpe militar que derrubou o antigo chefe de Estado, Andry Rajoelina, forçado a fugir do país.
A cerimónia de posse decorreu na Câmara Principal do Supremo Tribunal Constitucional, perante os nove juízes do órgão. Randrianirina, comandante de uma unidade de elite do exército malgaxe, jurou “defender a soberania e a integridade da nação”, consolidando o controlo das forças armadas sobre o poder político.
O novo líder assumiu a presidência apenas três dias após anunciar a intervenção militar, que colocou fim a semanas de protestos anti-governamentais e de crescente instabilidade no país insular do Oceano Índico, com cerca de 30 milhões de habitantes.
A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou a tomada de poder, classificando-a como uma “alteração inconstitucional do governo”, e apelou ao restabelecimento da ordem democrática. Até o momento, poucos países se pronunciaram oficialmente, incluindo a França, antiga potência colonial de Madagáscar.
O golpe militar ocorre num contexto de tensões políticas e económicas, com a população a exigir reformas e maior transparência na governação. Observadores internacionais alertam para o risco de isolamento diplomático e sanções caso não haja um processo de transição legítimo e inclusivo.
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