
A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu ampliar por mais oito meses o prazo da instrução preparatória envolvendo Dinis Tivane, porta-voz do Partido Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo (ANAMOLA) e assessor de Venâncio Mondlane. O político, que aguarda esclarecimentos sobre os crimes pelos quais está a ser investigado, foi notificado da decisão no dia 4 de Novembro.
Prazo de Instrução Passa de Oito para 16 Meses
Segundo a Carta de Moçambique, o Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional (GCCCOT) prorrogou o prazo do processo n.º 95/P/GCCCOT/2025, iniciado a 4 de Março de 2025. A instrução, inicialmente prevista para durar oito meses, foi estendida para 16 meses, devido à alegada complexidade do caso.No despacho, o procurador responsável argumenta que a extensão é necessária para recolher mais elementos de prova e garantir o cumprimento dos prazos legais.
“Há necessidade de recolher mais elementos para sustentar a decisão a tomar, tendo em conta a complexidade dos factos em análise”, lê-se no documento.
Ministério Público Fala em Processo Complexo
A PGR considera que o caso envolve informação proveniente de várias províncias e até de alguns distritos, o que torna o processo mais demorado.De acordo com o despacho, é obrigatório reunir documentos e dados de diversas entidades, o que justifica o prolongamento da instrução.
O arguido divulgou o despacho nas redes sociais, chamando atenção para o prolongado tempo de espera antes de conhecer a acusação formal.
Motivos da Investigação Ainda Não São Públicos
Até agora, não foram revelados oficialmente os fundamentos que colocam Dinis Tivane na mira da Procuradoria-Geral da República. Contudo, fontes políticas sugerem que a investigação pode estar relacionada com as manifestações pós-eleitorais ocorridas entre Outubro de 2024 e Março de 2025.O político foi ouvido pela PGR em 28 de Abril, momento em que foi formalmente constituído arguido. Desde então, está sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência.
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