O Reitor da Universidade Católica de Moçambique (UCM), Filipe Sungo, manifestou forte preocupação com aquilo que considera ser a normalização do terrorismo em Cabo Delgado, defendendo uma resposta mais ampla, inclusiva e sustentável para enfrentar o fenómeno. O académico e sacerdote disse que o país não pode acomodar-se diante da violência que, há anos, afecta a região norte.
Sungo apelou a que o Governo e toda a sociedade assumam um papel activo na construção de soluções que não dependam exclusivamente da força militar. Para ele, a paz duradoura exige estratégias que integrem diálogo, inclusão social, desenvolvimento comunitário e reconciliação.
As declarações foram feitas durante a cerimónia de graduação de novos formandos da UCM em Nacala, momento em que aproveitou para expressar a sua indignação sobre a forma como o terrorismo tem sido encarado no país. Segundo o jornal O País, Sungo lamentou que a persistência dos ataques esteja a ser tratada com crescente passividade.
O reitor alertou para os impactos devastadores da guerra, destacando a perda de vidas humanas — sobretudo jovens — que poderiam contribuir para o crescimento económico e social de Moçambique. A violência, sublinhou, rouba ao país o seu potencial e destrói comunidades inteiras.
A cerimónia de graduação, realizada esta quarta-feira na extensão de Nacala, marcou o encerramento de mais um ciclo de formação superior em vários cursos ministrados pela Universidade Católica de Moçambique.
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